quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Números positivos

O Brasil acelera e os economistas projetam crescimento acima de 5% para o PIB. Os sinais do aquecimento já são aparentes. A três meses do Natal, as encomendas já estão na rua. O setor automotivo cortou folgas e trabalha a todo vapor.

Ainda faltam mais de três meses para o Natal. E os atacadistas já estão no ritmo acelerado de entrega de mercadorias. Nas lojas, é grande a expectativa dos vendedores, principalmente com presentes que até há pouco tempo não cabiam no orçamento do consumidor.

Brinquedo tem, mas o clima nos atacados não é mais de Dia das Crianças. Os funcionários já trabalham para Papai Noel.

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Encomendas do Brasil inteiro chegam a todo instante. Segundo a associação brasileira que representa os atacadistas, a tendência este ano é de um crescimento de 10% nas vendas em comparação ao Natal de 2006.

Se a previsão se confirmar, serão R$ 10 bilhões na praça. Uma das justificativas é a expansão do agronegócio.

“Na medida em que o agronegócio obtém renda, resultados, isso se transforma em movimentação para o comércio de maneira geral”, diz o presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidoras Geraldo Caixeta.

Os caminhões já estão nas estradas. Três meses antes do Natal, as primeiras mercadorias começam a ser entregues. Parece pressa, mas é precaução: quanto mais cheio o estoque, menor a possibilidade de faltar mercadoria na hora em que o consumidor aparecer para comprar.

Por enquanto, o cliente só paquera as vitrines, já de olho no preço e na condição de pagamento. Uma das seções mais visitadas é a dos eletroeletrônicos, TVs e computadores, principalmente.

Lembra quando um computador portátil custava até R$ 3 mil? Pois é, hoje, três anos depois, modelos mais avançados não passam de R$ 2 mil. É um presentão. E com o crédito facilitado, os lojistas apostam que desta vez cabe no orçamento doméstico.

Fábricas a todo vapor

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Esse bom momento da economia se reflete também nas cidades. A indústria cresce. Nem pensa em férias. No Paraná, fábricas de equipamentos, peças e montadoras comemoram.

Há máquinas e funcionários trabalhando dia e noite em uma fábrica em Curitiba. De lá saíram no primeiro semestre quase 500 colheitadeiras e 4,7 mil tratores – 22% a mais do que de janeiro a junho do ano passado. Julho e agosto também foram bons e a previsão de vendas para o ano já mudou.

“Prevíamos um mercado, no início do ano, que tivesse uma certa recuperação de uns 20% a 30% em relação às colheitadeiras no ano passado. Mas já estamos prevendo um mercado 100% acima do que foi 2006”, conta o gerente de marketing Marcos Arbex.

Na fábrica, o número de funcionários aumentou em um terço. As 582 pessoas admitidas este ano agora torcem pelo bom desempenho da agricultura para que mais gente tenha mais oportunidade.

“Fico torcendo para que o clima ajude e dê tudo certo. Quero que a agricultura vá bem e compre muitas máquinas para ajudar muita gente”, espera o montador de tratores Rodrigo Eleutério.

Nas montadoras de carro, os números de crescimento até já deixaram de ser novidade. Uma já vendeu 43 mil veículos desde o começo do ano – 35% a mais que nos oito primeiros meses de 2006. Agosto foi o melhor mês em vendas desde que a montadora se instalou no Brasil, há quase 10 anos. Em um ano, mil trabalhadores foram contratados. Agora são 4,5 mil funcionários na fábrica, que tem previsão de crescer ainda mais até dezembro.

Antes que as indústrias automobilísticas crescessem, as fábricas de autopeças registraram aumento na produção. Antes ainda, houve crescimento em empresas que mandam componentes para fábricas de autopeças. Significa que o fabricante de uma pequena peça consegue ver com antecedência o que acontece lá na frente, em fábricas de caminhões, automóveis e máquinas agrícolas.

O aumento na produção foi grande de janeiro a junho. Foram mais de 1,5 milhão de peças por mês – 28% a mais que no começo do ano passado. A fábrica não pára mais aos domingos e as 115 pessoas contratadas nos primeiros meses continuam reforçando a equipe, que já tinha 430 funcionários.

“Nos períodos de crise, tínhamos mais de meia fábrica parada. Agora, nem para férias coletivas no fim do ano podemos pensar”, comemora o dono da indústria Soedsel Schwarz.

Previsões otimistas

Ainda sobre o crescimento: o mercado faz previsões otimistas. Hoje vai ser divulgado o principal indicador do aquecimento econômico: o PIB do segundo trimestre, a soma das riquezas produzidas no período.

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Analistas apostam que o índice vai mostrar que o Brasil continua crescendo com força. Em 2006, PIB no primeiro trimestre foi de 4,1%.

Miriam Leitão explica que o segundo trimestre foi muito baixo, com crescimento de apenas 1,5%. A previsão de agora, do segundo trimestre, é comparado com o mesmo período do ano passado. Então, o índice mostrará, na verdade, algo em torno de 6%. Os 5% mostrados no gráfico acima marcam a previsão do PIB do ano.

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O resultado do PIB do segundo trimestre deve estar 1% acima do resultado do primeiro trimestre de 2007, que foi de 4,3%. Isso mostra o ritmo do crescimento, de 1%.

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Ainda sobre o crescimento, o mercado faz previsões otimistas: espera alta de 13% em investimentos, de 6% na indústria e de 6,2% no consumo. O importante desses dados é que os investimentos é que estão puxando a economia. Ou seja, há crescimento hoje e amanhã.

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Na comparação com outros países, China (11%), Índia (9%) e Rússia (7,9%) ainda estão bem à frente do Brasil. Para Miriam Leitão, a boa notícia esse ano é que o Brasil está na média do mundo. O país ficará com 5% de crescimento e o mundo ficará nessa faixa também. Há mundo, estamos sempre atrás.

Fonte: http://bomdiabrasil.globo.com/Jornalismo/BDBR/0,,AA1631189-3682-729919,00.html

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