quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Rio bate Madri e será sede da Olimpíada de 2016


A cidade do Rio de Janeiro foi eleita nesta sexta-feira a sede dos Jogos Olímpicos de 2016 pelo Comitê Olímpico Internacional. Esta é a primeira vez que uma cidade da América do Sul é escolhida para sediar uma Olimpíada. A decisão foi anunciada pelo presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge, após a votação dos delegados do organismo em Copenhague, Dinamarca, nesta sexta-feira. O Rio era considerado uma das cidades favoritas para ser a sede dos Jogos. Surpreendentemente, Chicago, que também era uma das favoritas, foi eliminada na primeira rodada de votações. Uma comissão formada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros, o governador do Rio, Sergio Cabral, o prefeito, Eduardo Paes, atletas e outras personalidades brasileiras foi a Copenhague para fazer lobby pela candidatura.

De acordo com integrantes da comitiva brasileira, Lula e as outras autoridades presentes comemoraram bastante a eliminação de Chicago e Tóquio. Na votação final, o Rio bateu Madri por uma margem ampla, de 66 votos a 32. Já no segundo turno de votações, quando Tóquio foi eliminada da disputa, o Rio teve 46 votos, Madri, 29 e a capital japonesa apenas 20. O placar da primeira votação, que acabou por tirar Chicago do páreo, no entanto, foi mais favorável para a capital espanhola, que teve 28 votos. Em seguida veio o Rio, com 26, Tóquio, com 22 e Chicago, com 18.

Apresentação

Durante a apresentação da candidatura do Rio nesta sexta-feira, o presidente Lula afirmou que o Rio "une continentes" e "tem paixão" por Olimpíadas. "Essa candidatura não é só nossa. É também da América do Sul. Está na hora de a pira olímpica ser acesa num país tropical", afirmou Lula, que encerrou seu discurso ressaltando a "paixão do povo brasileiro" pelos esportes. Foi este também o tema do filme do cineasta Fernando Meirelles apresentado em seguida, com muitas imagens de cariocas recebendo delegações estrangeiras vestindo roupas em cinco cores diferentes pelas ruas da cidade. A imagem final, das delegações formando os cinco anéis olímpicos na praia de Copacabana, cercadas por milhares de cariocas, foi muito elogiada pelos jornalistas que assistiam à apresentação em Copenhague.

Surpresa

Antes do anúncio da cidade vencedora na disputa, os delegados do COI surpreenderam ao eliminar Chicago já na primeira fase da votação. A cidade americana foi a que recebeu menos votos para ser a sede dos Jogos de 2016, seguida pela capital do Japão, Tóquio, que ficou na terceira colocação. Chicago era considerada, junto com o Rio, uma das favoritas para receber a Olimpíada, principalmente após o anúncio de que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, iria a Copenhague para participar pessoalmente da última fase da campanha.

De acordo com o repórter da BBC Adam Brookes, que está em Chicago, a eliminação da cidade americana poderá ser vista como uma derrota para o próprio presidente Obama e seu poder de persuasão. Obama, que antes de ser presidente morava em Chicago e era senador por Illinois, se envolveu, junto com a primeira-dama Michelle, de modo muito pessoal na campanha. Para Brookes, oposicionistas americanos podem usar a derrota olímpica para argumentar que o prestígio do presidente está diminuindo e levantar questões sobre a qualidade dos conselheiros políticos de Obama.

Fonte: BBC Brasil

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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Empresas do bem

Por Rosenildo G. Ferreira

SUSTENTABILIDADE
Turismo responsável

Hotéis, companhias aéreas e outros empreendimentos turísticos estão lançando uma cruzada global em prol da sustentabilidade do setor. O objetivo é reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) à metade até 2035. Esse compromisso está baseado em dez ações listadas no relatório Liderando o Desafio da Mudança Climática, elaborado pelo Conselho Mundial de Turismo. Um desses postulados é a adoção e divulgação de programas de reciclagem de resíduos. O setor turístico movimenta 10% do PIB mundial.


CONSTRUÇÃO
Casas à prova de bala

Onde existe um problema também reside uma oportunidade. Com isso em mente, a britânica Ultra Green resolveu instalar uma fábrica de blocos de plástico espumado no Rio de Janeiro. O material é usado na produção de casas prémoldadas. O bloco deixa as paredes do imóvel tão robustas que elas resistem ao disparo de arma de grosso calibre. O governo estadual está bancando a construção de algumas casas com esta tecnologia na Favela de Manguinhos.


RECICLAGEM
A vez da pilha

Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) concluíram um estudo que poderá acabar com um grande foco de poluição ambiental: o descarte inadequado de pilhas. Segundo o professor Marcelo Mansur, é possível reciclar, com viabilidade econômica, os materiais presentes nas pilhas: zinco, potássio e magnésio. De acordo com o pesquisador, é descartado 1 bilhão de pilhas por ano no Brasil.


VERBA SOCIAL
EDP Solidária

O Projeto Guri, que introduz jovens carentes de São Paulo no mundo da música clássica, é uma das 15 entidades beneficiadas pelo Programa EDP Solidária, braço social da concessionária de energia que atua nas regiões Sul e Centro-Oeste. Desde 2005, ele investiu R$ 5 milhões em ações de responsabilidade social, com foco na sustentabilidade das comunidades atendidas.


ÁGUA
Uso racional

A Sabesp, estatal paulista do setor de água e esgoto, está dando consultoria para seus clientes consumirem menos. O Programa de Uso Racional da Água (Pura) está aberto a empresas públicas e privadas. Em 2007, a Universidade de São Paulo (foto) aderiu ao Pura e viu seu gasto anual cair 60%, para R$ 21,8 milhões.


TECNOLOGIA
Opção ao amianto

O banimento do amianto, substância considerada cancerígena, fez com que diversas empresas saíssem em busca de alternativas. A Radici Fibras, de São José dos Campos (SP), acaba de lançar uma fibra sintética (foto), feita à base de acrílico, para disputar esse mercado. Resultado de investimentos de R$ 7 milhões e pesquisas que consumiram cinco anos, o produto serve de insumo para a produção de caixas d'água e telhas onduladas.


Fonte: Istoé Dinheiro

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quinta-feira, 21 de maio de 2009

Ideias para evitar o desperdício de água

Um prédio em São Paulo passou a aproveitar até a água que não chega pelo cano. Reservatórios no subsolo guardam água da chuva que é usada no jardim e para lavar o chão.

Uma campanha pela economia de água que a gente mostrou aqui no Jornal Nacional há alguns dias levou muita gente a escrever pedindo outra reportagem sobre esse assunto.

A campanha da fundação SOS Mata Atlântica sugere que as pessoas façam xixi debaixo do chuveiro, na hora do banho. Mas o repórter Alan Severiano mostra, agora, outras ideias para quem acha que não vai conseguir se acostumar com esse hábito novo.

Uma reforma de R$ 5 mil e um prédio em São Paulo passou a aproveitar até a água que não chega pelo cano. Reservatórios no subsolo guardam água da chuva que é usada no jardim e para lavar o chão.

“Nós estamos economizando em média R$ 1 mil por mês”, afirmou Maria Cecilia Higuchi, síndica do prédio.

A preocupação com o uso da água transformou uma casa num laboratório para evitar o desperdício. O que começou como experiências de fundo de quintal virou uma prova de que soluções caseiras também podem fazer milagre.

Com pequenas adaptações, a conta ficou 30% mais barata. A água da calha escorre para um tambor e é usada para regar plantas. O dono inventou até vasos com um sistema de irrigação mais eficiente.

“A planta vai na terra. Embaixo, eu tenho um carpete. Esse carpete vai dentro de um tubo. Esse tubo, eu encho d’água. Então a planta só vai puxar a água que ela precisa”, explicou Edison Urbano, técnico em eletrônica.

A maior economia vem do chuveiro. O que escoa pelo ralo vai para uma caixa do lado de fora. Depois de tratada com cloro de piscina, a água é usada na descarga.

O tratamento é essencial, diz José Carlos Mierzwa, professor de engenharia da USP, para eliminar bactérias e evitar que a água reaproveitada provoque mau cheiro e manchas na louça sanitária.

“O problema é que ela tem na sua composição contaminantes, por exemplo shampoo, sabonete, creme. Isso pode trazer problemas durante o armazenamento. O ideal é tratar essa água”.

É isso que este condomínio faz em larga escala. O esgoto das casas passa por uma estação de tratamento e perde mais de 90% da sujeira. Esta água não serve para beber, mas é usada na descarga dos banheiros e no jardim. Tudo foi planejado antes da construção.

“A gente tem uma economia de 40% sobre o recurso natural e queremos chegar a 50%”, projeta Anselmo Moraes Neto, consultor de administração.

O sistema custou R$ 1,5 mil para cada proprietário. As casas têm dois medidores de consumo: um de água potável, outro de água reaproveitada. O cuidado é tanto que há até limites para o consumo.

“Não é à vontade por ser de reuso. Se você ultrapassar, tem multa. Isso para que não haja desperdício, porque hoje a água é um bem necessário”, esclareceu o aposentado Bruno de Santis.

Fonte: Jornal Nacional

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