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Gerentes, supervisoras, líderes.
A participação das mulheres em cargos de chefia cresceu nos últimos dez anos, de acordo com uma pesquisa feita com 12 mil profissionais de todo o país. Mas o mesmo levantamento mostrou que o que não mudou foi o salário: elas estão ganhando 18% menos que os homens para exercer as mesmas funções. “A razão principal é que a mulher pra conseguir entrar no mercado de trabalho tinha que aceitar um salário menor. Então as empresas sabendo disso oferecem um salário menor e as mulheres aceitam”, afirma Adriano Arruda, especialista em mercado de trabalho.
Aceitam, mas estão procurando alternativas e se mostram cada vez mais empreendedoras. Prova disso também está em pesquisas. As mulheres já comandam 42% das franquias de todo o país. A participação delas subiu de 20% para 50% nos últimos cinco anos.
Habilidade para lidar com clientes, resolver várias coisas ao mesmo tempo, jogo de cintura, organização são características femininas que têm ajudado inclusive no faturamento dos negócios. “Essa performance é medida em faturamento e rentabilidade 30% superior, na média, daquelas operadas por homens”, calcula o especialista em franquias Marcus Vinicius Rizzo.
A empresária Élida Andrade, de Goiânia, acredita tanto no poder feminino que só seleciona mulheres como franqueadas.
Esse “clube da Luluzinha” começou a se formar há 11 anos quando Élida e uma irmã abriram um restaurante de grelhados e saladas. Depois de tanto tempo no mercado elas decidiram: querem apenas mulheres para comandar as mais de cem franquias que pretendem abrir nos próximos dez anos. “O fato de querermos só mulheres no comando do negócio é porque as mulheres têm um perfil de dedicação muito grande que elas trazem do convívio familiar, da administração da casa, do cuidado com o alimento para a família. Mas caso apareça um homem bastante qualificado querendo abrir uma franquia isso será analisado”, afirma Élida.
O investimento numa franquia pode variar entre R$ 30 mil até R$ 2 milhões. No Rio de Janeiro encontramos uma franqueada que abriu o negócio num momento muito difícil. Hoje, dez anos depois, ela tem proposta até do exterior.
É uma rede que não pára de crescer. Ao todo no Rio de Janeiro são 34 institutos de depilação, já existem dez franquias em processo de instalação e as metas de Regina Jordão, a dona do negócio, são ambiciosas. “Em 2017 nós queremos ter 425 lojas em todo o Brasil. Hoje nós atendemos 70 mil clientes por mês. Eu quero que o mundo nos conheça”, diz.
E para você que se animou, os especialistas dão algumas dicas importantes:
- Busque informações sobre quanto dinheiro você precisará investir e qual será o retorno;
- Informe-se também sobre a estrutura de que vai precisar e se a franquia vai te dar suporte;
- E fale com pelo menos quatro franqueados da marca: dois com menos de um ano e dois com mais de dois anos no negócio.
E tem mais um detalhe que, para os especialistas, talvez seja o mais importante: procure um negócio em que você goste de trabalhar. É mais difícil vender pizza se você odeia pizza, não é? E mais: prepare-se para trabalhar muito. “Esse é um negocio que exige dedicação integral.A gente costuma dizer que sucesso só vem antes de trabalho no dicionário”, completa Marcus.
Fonte: http://jornalhoje.globo.com/JHoje/0,19125,VJS0-3076-20070910-300662,00.html
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