quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Mortalidade infantil alcança baixa recorde, diz Unicef

Campanha de vacinação
Vacinação é um dos fatores que contribuíram para redução
A taxa de mortalidade entre crianças com menos de cinco anos caiu em todo o mundo graças a medidas de saúde pública, segundo dados publicados nesta quinta-feira pelo Unicef, o Fundo das Nações Unidas para a Infância e Adolescência.

Mas ainda assim, quase 10 milhões de crianças morreram em 2006 antes de completar cinco anos de idade.

A taxa era de 13 milhões em 1990 e em 2006 caiu para 9,7 milhões, o número mais baixo desde que o cálculo começou a ser feito.

Segundo o relatório do Unicef, o aumento da vacinação de crianças, do uso de redes de proteção contra mosquitos da malária e da amamentação de recém-nascidos são algumas das razões que contribuíram para a queda.

A redução de mortes é visível, principalmente, no Marrocos, Vietnã e República Dominicana, onde o número diminuiu em um terço.

Na China, o número caiu de 45 mortes a cada 1.000 crianças, em 1990, para 24 em 2006, e na Índia a queda foi de 115 para 76.

A Ásia era a região com a maior taxa de mortalidade infantil, mas agora a África sub-saariana responde por 50% das mortes. Ainda assim, na mesma região, o número de mortes causadas por sarampo caiu 75% graças ao aumento da área coberta por campanhas de vacinação.

Metas do Milênio da ONU
1. Erradicar pobreza extrema
2. Universalizar educação primária
3. Promover igualdade dos sexos
4. Reduzir mortalidade infantil
5. Melhorar a saúde maternal
6. Combater HIV/aids e outras doenças
7. Garantir sustenabilidade ambiental
8. Alcançar uma parceria global para o desenvolvimento

Na América Latina e no Caribe, o ritmo acentuado da queda no índice levou o Unicef a estimar que a região poderá reduzir a mortalidade infantil em dois terços até 2015 - e cumprir uma das chamadas Metas de Desenvolvimento do Milênio.

A região registrou uma média de 27 mortes para cada 1000 nascimentos em 2006, comparados com 55 em 2005.

Dúvidas

"Este é um momento histórico", disse a diretora-executiva do Unicef, Ann Veneman.

"Mais crianças estão sobrevivendo hoje do que jamais visto. Agora precisamos progredir em cima deste sucesso de saúde pública e pressionar para cumprir as Metas do Milênio."

Quase cinco milhões de crianças com menos de cinco anos de idade morreram na África sub-saariana em 2006, e quase três milhões morreram na Ásia.

O vírus HIV e a Aids continuam a causar a morte de crianças na África, contrabalançando os efeitos de melhores remédios para outras doenças infantis.

Segundo o relatório, a maioria das mortes são evitáveis. São necessários, no entanto, melhores serviços locais de saúde, dizem os autores.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/09/070913_unicefmortalidade_ba.shtml

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