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Governos devem conter exploração de recursos naturais dos países pobres, que pode destruir florestas
Segundo a ONG, até 2020, os processos de desertificação expulsarão de suas casas 135 milhões de pessoas - 60 milhões delas na África.
O alerta foi feito pela Ecologistas em Ação, com sede em Madri, durante um evento paralelo à Cúpula contra a Desertificação, que se realiza na capital espanhola.
Para a ONG, é preciso "revisar urgentemente o conceito jurídico de refugiado para poder ampliá-lo a novas realidades sociais".
"A regulamentação do chamado ''refugiado ambiental'' é imprescindível para preencher uma lacuna jurídica e proporcionar proteção jurídica ao número cada vez maior de pessoas deslocadas por razões ambientais."
A discussão sobre os chamados refugiados ambientais ocorre dentro da própria Organização das Nações Unidas (ONU), que hoje define como refugiados somente aqueles que são forçadas a deixar suas casas por causa de distúrbios políticos ou sociais.
Mas a própria entidade reconhece que cada vez mais pessoas são deslocadas por problemas ambientais, como o esgotamento do solo e a desertificação, ou por efeitos desses processos, como enchentes e outros desastres naturais.
A organização Ecologistas em Ação criticou nações que reforçam suas fronteiras nacionais contra a imigração, adotando o que considera "políticas migratórias que violam sistematicamente os direitos humanos e descumprem a Convenção de Genebra sobre o Estatuto dos Refugiados".
Para a entidade, governos e empresas devem conter a exploração indiscriminada de recursos naturais dos países pobres, que gerariam a perda de florestas, a degradação dos bosques nativos e a mudança no curso dos rios.
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