sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Vovó cai na água e no mundo

Uma vovó com o pé na roça e as mãos nos livros. "Acho mesmo que foi uma coisa maravilhosa e completamente inesperada que me aconteceu", declama Iara Ferreira Etto, de 76 anos. No sítio onde mora, ela escreve, cuida da horta, rema a favor da longevidade. Mas, apesar dessa tranqüilidade toda, o paraíso para ela está em outro endereço.

"O paraíso caiu no mar. O jardim mais bonito do mundo é o mar", comenta.

"É uma avó diferente das outras", conta Clara Vasconcelos, de 12 anos.

Foi aos 70 anos que dona Iara conheceu essa paixão. Para agradar a neta, fez um mergulho para principiantes durante as férias. As duas caíram juntas na água, e viver ficou muito mais emocionante.

Animada, dona Iara decidiu transformar a piscina de casa em local de treinamento. Contratou instrutores para fazer as primeiras aulas do curso de mergulho. Início de uma nova fase da vida. A aposentada descobriu que basta querer para ser feliz – até debaixo d'água.

"É como se eu estivesse num outro planeta, num outro lugar, onde as pessoas não falam a minha língua, mas consigo interagir com elas e com os animais", descreve dona Iara.

Clara denuncia quem dá mais trabalho lá embaixo: "Minha avó, lógico. Ela é desobediente, não obedece a ninguém".

A vovó serelepe caiu na água e no mundo. Já são cinco anos de mergulhos inesquecíveis. Imagens gravadas num DVD mostram dona Iara nas Bahamas com uma companhia que mete medo.

"Você não faz idéia do que tem de tubarão. Ficamos doidos olhando", conta dona Iara. Durante 40 minutos, ela e um grupo de turistas apreciaram o almoço dos tubarões. Todo mundo com cara de paisagem para não atrair a atenção do bicho. "Achei ótimo porque eu não podia pôr a mão nele, mas ele podia pôr em mim."

O mergulho entre os tubarões foi o de número 112 na carreira da destemida vovó. "Eu quero chegar a 60 metros de profundidade e uns 200 mergulhos", planeja.

A família deu o maior apoio, e dona Iara mergulhou de cabeça no esporte radical. Para abraçar o novo amor, teve que entrar numa rotina de vida bem mais saudável.

"Eu me acostumei a comer verduras. Para regime, não tem outra solução – você tem que comer verdura", conta dona Iara, que inclui alface e rúcula no cardápio todos os dias. Ela lembra que chegou a pesar 92 quilos. Hoje tem 24 a menos. Dona Iara fechou a boca para abrir o sorriso e ganhar fôlego.

"Até às 3h do dia 26 de outubro, eu tenho 74 anos. Conto até os segundos porque tenho que viver mais. Se ficar cortando, vou viver pouco", constata.

Viúva e com os três filhos criados, dona Iara descobriu no mergulho a força para reencontrar as alegrias da vida. Durante mais de 20 anos cuidou do marido doente. Uma luta sofrida que ela não esquece, mas que mostrou a importância de se valorizar cada minuto. "Às vezes, fico até com um pouco de remorso. Mas eu fiz tudo para ele, agora é hora de eu ser feliz. Eu não vou conseguir fazer ele voltar sendo infeliz. Então, de que adianta eu ser infeliz?", finaliza dona Iara.

Fonte: http://globoreporter.globo.com/Globoreporter/0,19125,VGC0-2703-18111-4,00.html

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STF deve priorizar processos de pessoas com deficiência

Tribunal assinou termo de adesão à campanha 'Acessibilidade – siga essa idéia'.
É o primeiro órgão público a participar da iniciativa.
MIRELLA D'ELIA Do G1, em Brasília

O Supremo Tribunal Federal (STF) comprometeu-se a priorizar o julgamento de processos de interesse de pessoas com deficiência e a promover melhorias em suas instalações para facilitar o acesso delas ao tribunal. Nesta sexta-feira (21), Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência, a mais alta corte do país assinou um termo de adesão à campanha "Acessibilidade – siga essa idéia". Foi o primeiro órgão público a participar da iniciativa.

A campanha, do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (Conade), tem o objetivo de sensibilizar a sociedade sobre a necessidade de eliminar barreiras que dificultem o deslocamento de pessoas com deficiência.

"De nada valerá a excelente legislação preventiva já em vigor, bem como os tratados firmados pelo Brasil, se não contarmos com o Poder Judiciário consciente", disse a presidente do Supremo, ministra Ellen Gracie, que chegou a se emocionar ao assinar o termo.

Quase 25 milhões

Segundo o presidente do Conade, Alexandre Baroni, há no Brasil 24,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, o que representa 14,5% da população. "Para nós é um momento histórico. Acreditamos que o órgão máximo da justiça brasileira, assinando o termo de adesão, tende a induzir os demais órgãos, não só da Justiça mas da sociedade como um todo a também aderir a campanha", disse Baroni.

"Garantimos um passo fundamental, de levar a toda a rede do Judiciário brasileiro nos estados a mesma orientação de, em primeiro lugar, eliminar as barreiras físicas. As pessoas às vezes não podem chegar aos fóruns porque não há rampas. É um passo muito importante", acrescentou o ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vannuchi.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL108196-5598,00.html

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Atividades culturais e esportivas marcam o Dia Mundial Sem Carro

A palavra de ordem do movimento é deixar o carro na garagem. Em 2006, mais de 150 cidades brasileiras aderiram ao movimento.
Robson Bertolino Do G1, em São Paulo

Foto: Editoria Arte/G1
Editoria Arte/G1
Região contará com atrações culturais, educativas e esportivas (Foto: Editoria Arte/G1)

A 3ª edição do Dia Mundial Sem Carro, realizada neste sábado (22) em todo país, contará com eventos especiais em São Paulo. O objetivo é incentivar que mais paulistanos adotem alternativas aos meios de transporte motorizados. As atividades programadas para marcar a data na Capital buscam conscientizar a população sobre a necessidade de combater a poluição do ar, a emissão excessiva de gases do efeito estufa e estimular políticas públicas de transportes coletivos.


Foto: Arte G1
Arte G1
Frequentadores poderão realizar atividades esportivas orientadas (Foto: Arte G1)

Entre as atividades em destaque nesta edição, estão eventos culturais e esportivos no Parque do Ibirapuera e avenida Paulista, na Zona Sul; Parque Villa Lobos, Zona Oeste; Elevado Costa e Silva, região Central, e na Praça da Matriz da Freguesia do Ó, Zona Norte.

Na edição de 2006, mais de 150 cidades brasileiras e 1.238 cidades do mundo participaram do Dia Mundial Sem Carro. Em São Paulo, a expectativa é de que neste ano a adesão da população seja maior com a integração à Virada Esportiva, também realizada neste sábado (22).

“Nesta edição apostamos no convencimento da população por meio da educação ambiental e diálogos sobre a utilização de outros meios de transporte”, diz o secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge. De acordo com números do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-SP), há 4.402.348 automóveis em São Paulo e mais 1.401.943 ônibus, caminhões e motos.

Ciclovia

Como parte das comemorações, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente programa a implementação de uma ciclovia de 12,5 km na Radial Leste dentro do projeto Caminhos Verdes para o final de janeiro de 2008. A ciclovia prevê melhorias na urbanização e no paisagismo, incluindo a construção de ciclovia na área remanescente entre o fechamento das vias da Linha 3 - Vermelha do Metrô e da Radial.

Foto: Arte G1
Arte G1
Exposição 100 anos "Pedalando para o Futuro" e pista infantil para bicicletas (Foto: Arte G1)

A nova ciclovia irá da estação Tatuapé à Corinthians-Itaquera, interligando oito estações da Linha Vermelha. Serão também implantados bicicletários junto às estações Carrão e Corinthians-Itaquera e sinalização viária para garantir a segurança dos passageiros, como também melhorias no sistema de iluminação pública.

A intervenção paisagística prevê o plantio de cerca de 1.564 árvores no trecho. O Metrô elaborou o projeto e fará sua implantação. O custo é de aproximadamente R$ 9 milhões, recurso da Administração Municipal. A previsão de entrega da
obra é final de janeiro de 2008. A manutenção será feita pela Secretaria do Verde e pelo Metrô.

Foto: Arte G1
Arte G1
Exercícios terapêuticos da medicina tradicional chinesa no Parque Villa Lobos (Foto: Arte G1)

Neste ano, a secretaria já instalou mil paraciclos nos parques municipais. “Estamos incentivando os estacionamentos a abrirem vagas para as bicicletas também”, diz o secretário. A secretaria está investindo, em 2007, outros R$ 2 milhões em ciclovias em diversas regiões da cidade, incluindo o projeto de ciclovia ou ciclofaixa em Ermelino Matarazo, Zona Leste, implantação de ciclovia no Parque Linear Itaim, Zona Leste, e também na região da Casa Verde, Zona Norte.

Em 2006, foi inaugurada a primeira ciclovia da região de Parelheiros, na Estrada de Colônia, com 2 km. Está em construção também um bicicletário no terminal de ônibus de Parelheiros, Zona Sul. Hoje a cidade de São Paulo possui 23,5 km de ciclovias implantados, 19km em parques e 4,5 km em vias públicas, nas avenidas Sumaré, Faria Lima e na Estrada de Colônia.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL107959-5605-11395,00.html

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quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Reciclagem rentável


Que tal trocar o lixo reciclável por energia elétrica? No Ceará, tem consumidor que chega ao fim do mês sem conta de luz para pagar.

O lixo que dona Antônia separa em casa se tornou precioso. O material é comum: vidro, plástico, metal e papel, mas, graças a ele, a dona de casa não vai pagar energia elétrica este mês.

Dona Antônia está entre os consumidores de Fortaleza beneficiados por uma iniciativa inédita e permanente: o lixo reciclável vale desconto na conta de luz.

“Melhor o desconto do que vender. É só levar ali", diz Antônia Mendes de Sousa, dona de casa.

É no posto de coleta, montado na Associação de Moradores do Bairro, que o lixo é trocado. O sistema é simples: cada morador recebe um cartão com chip. Nele é feito o registro.

Um quilo de garrafas pet, por exemplo, vale R$0,30. Já o quilo do metal vale até R$5,50. Se o valor do desconto superar o do consumo, o morador acumula bônus para as próximas contas.

"É o meio que as pessoas têm, através deste atrativo do desconto, de fazer a consciência da reciclagem do lixo na sua casa", diz Conceição Rodrigues, gerente de comunicação.

"Agora eu separo ferro para um lado, vidro, garrafa pet, cada um no seu cantinho", diz Maria Rosanira Miguel, dona de casa.

Até o ano que vem serão sessenta postos de coleta espalhados por fortaleza. O lixo deixado pelos moradores é comprado por uma empresa particular de reciclagem. O valor oferecido pelo material é o desconto que o morador vai ter na conta de luz

Nos primeiros cinco meses do projeto foram recolhidas 12 toneladas de lixo. O bolso e a natureza agradecem.

"Além da gente ter a conta de energia reduzida, a gente ainda não suja o meio ambiente", diz Aroldo Pio de Oliveira, presidente Assessoria dos Moradores.

"A gente vê as ruas todas limpinhas, não vê mais excesso de lixo nas portas. Agora todo mundo está tendo bastante cuidado porque sabe que se juntar e cooperar no outro mês sua conta vem bem baixinha", diz Maria das Graças Nascimento Costa, associação moradores.

Fonte: Jornal Hoje

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Febraban lança sistema que compara tarifas de bancos

Por enquanto, apenas 25 bancos aderiram ao programa. Serviços bancários respondem, em média, por 40% das reclamações aos Procons.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lançou nesta terça-feira (18) um sistema que permite ao cliente comparar as tarifas cobradas por diversas instituições financeiras. Por enquanto, apenas 25 bancos aderiram ao programa. Os outros 140 estabelecimentos foram convidados, mas ainda não confirmaram participação.

Para consultar as tarifas cobradas no mercado, basta acessar o site da Febraban e clicar no ícone Tarifas e Serviços, localizado no lado direito da tela do computador. Em seguida, aparecerão dois tipos de consulta. Clicando em "consultar tarifas por banco", aparecerão todos os bancos que aderiram ao sistema. Clicando no nome do banco, o consumidor terá a ficha com as tarifas cobradas.

Para fazer a comparação de preços dos serviços prestados pelas instituições financeiras, o consumidor deve escolher a opção "comparar tarifas entre os bancos", selecionar a tarifa que deseja consultar e terá todos os valores cobrados.

Segundo a Febraban, inicialmente serão apresentados os 46 produtos e serviços mais usados pelos clientes (pessoas físicas). A nomenclatura de todos os itens foi padronizada e distribuída em sete grupos temáticos básicos: cadastros, contas correntes, movimentação de recursos, cheques, cartões, extratos e empréstimos e financiamentos.

Tarifas são motivo de reclamações

Na semana passada, o Ministério da Justiça e o Banco Central assinaram um convênio para a criação de um grupo de trabalho que vai detalhar a forma operacional de um novo esquema de fiscalização das tarifas e serviços prestados pelos bancos aos seus clientes.

As negociações do trabalho conjunto foram iniciadas há alguns meses com a constatação de que, em média, 40% do total de queixas dos consumidores aos Procons se referem aos serviços bancários, sendo destaque as cobranças de tarifas por serviços.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Economia/0,,MUL106582-5599,00.html

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Mãe e filha dividem cuidados com 'barriga de aluguel'

Gêmeos fecundados in vitro estão crescendo na barriga da avó. Mulher fez tratamento, mas não conseguiu engravidar.


Mãe e filha tiveram que superar dificuldades e preconceitos para realizar um sonho: o da maternidade. Os filhos de Claudia Michelle Pereira, de 27 anos, estão crescendo na barriga da mãe dela. Aos 51 anos e com três filhos adultos, a auxiliar de enfermagem Rosinete Palmeira Serrão vai dar à luz netos gêmeos, no Recife.

Michelle fez tratamentos durante quatros anos, mas não pode engravidar por causa de problemas no útero. Os óvulos de Michelle foram recolhidos para uma fertilização in vitro com os espermatozóides do marido. Os embriões foram implantados no útero de Rosinete, que enfrenta uma gestação de alto risco.

Pedir à mãe para gerar os bebês foi a alternativa que Michelle encontrou para realizar o maior sonho da vida dela: ser mãe. A legislação brasileira não permite que mulheres que não sejam parentes gerem filhos de outra, a chamada barriga de aluguel.

Michelle dividiu com a mãe os carinhos, os cuidados e até os sintomas da gravidez. Em todos os exames, mãe e avó estavam juntas acompanhando o desenvolvimento dos bebês.

Leite materno, os bebês vão ter em dose dupla. Além da avó, a mãe fez tratamento para amamentar os gêmeos.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL107261-5598-11316,00.html

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Feira do Verde incentiva o consumo consciente

Elisangela Bello


Você sabia que dá para ajudar a preservar o meio ambiente simplesmente sendo um bom consumidor? Os termos parecem contraditórios – preservação e consumo –, mas, estão cada vez mais próximos quando a idéia é mudar hábitos, fazer as escolhas certas, para garantir que todos vivam num planeta melhor.

O chamado "consumo consciente" é o tema, a partir de hoje, da XVIII Feira do Verde, que acontece no Parque da Pedra da Cebola, em Vitória. A escolha não poderia ser mais justa: "As preocupações com o aquecimento global e com o consumo excessivo das pessoas motivaram o tema. Precisamos pensar mais no que estamos levando para casa e qual o impacto que isso tem no meio ambiente", explicou a gerente de Educação Ambiental da Prefeitura de Vitória, Priscila Merçon.

Durante a feira, que vai até o dia 23, o tema será tratado em vários estandes, mas em especial na casa ecológica, montada na área do evento. "Ali vamos ensinar pequenas práticas de consumo consciente, que podem acontecer dentro de casa, como evitar a compra de descartáveis e assistir a TV em família, ligando apenas um televisor", completou.

Mas a lista das atitudes conscientes no consumo não pára por aí. "Além de separar o lixo seco do úmido, quem tem quintal em casa, pode reaproveitar o lixo úmido para fazer adubo. Não é tão complicado. Sempre carrego um copo comigo, para não precisar usar descartáveis. Queremos mostrar uma atitude simples vale muito para o meio ambiente", afirmou a gerente.

O consumo consciente não significa deixar de comprar, mas "saber comprar", diz Priscila. Antes de levar o produto para casa, vale pensar se ele tem muita embalagem, se ela não danifica o meio ambiente. "Se todos agirem assim, a indústria também vai mudar".

XVIII Feira do Verde

Abertura oficial hoje, às 19 horas, no no Parque Pedra da Cebola. A programação conta com shows, exposições, seminários e palestras, que seguem até o dia 23. O tema deste ano é "Consumo Consciente: uma questão de sobrevivência".

Onze lixeiras, reciclagem e muito reaproveitamento

Separar, reaproveitar, jamais desperdiçar. Essas são as regras seguidas à risca na casa da família da estudante de Tecnologia em Saneamento Ambiental Raquel Alves Pessanha. Mas ao contrário do que se possa pensar, lá, ninguém sofre para seguir essas normas. Todos se sentem felizes por "fazerem a diferença", como explica a mãe de Raquel, a aposentada Maria da Conceição Oliveira Alves.

"Sempre achei que se deixasse de jogar um papelzinho de bala no chão já estaria fazendo a diferença. Meus filhos foram criados assim: aqui tem lixeira para tudo, sempre separadinho, para facilitar o trabalho dos catadores".

E ela não está brincando quando diz que na casa da família há lixeiras em todo lugar. Há mesmo. São 11 ao todo. Só no quarto de costura de Conceição, são 3: uma para retalhos que não terão mais uso, outra para retalhos e aviamentos que podem ser doados e reaproveitados e outra só para papel.

Quem pensou que o número de lixeiras é igual ao volume de lixo gerado, pensou errado. "Reaproveito tudo. Raspo a pasta de dente para não sobrar nada. Raspo os legumes para aproveitar ao máximo. Não me considero chata, ajudo a natureza", sentencia Maria da Conceição. Entre vidros guardados para doação e latinhas de cerveja que vão para um catador, ela dá lições de cidadania.

Como ser um consumidor consciente:

Água. Dá para economizar água gastando menos tempo no banho e fechando a torneira para escovar os dentes

Energia. Lâmpadas ligadas sem necessidade também representam mais agressão ao meio ambiente. O consumo racional também vale para o uso dos eletrodomésticos

Papel. Imprimir só o necessário e utilizar frente e verso das folhas é um bom começo para poupar árvores

Comida. Dados do Instituto Akatu, que prega o consumo consciente, alertam que uma família de classe média chega a desperdiçar até 500 gramas de comida por dia. A dica é comprar só o necessário e reavaliar a lista sempre

Combustíveis. Deixar o carro em casa de vez em quando é uma forma de emitir menos poluição por aí.

18/09/2007

Fonte: A Gazeta

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Pobreza tem a maior queda dos últimos dez anos

A proporção de brasileiros situados abaixo da linha de pobreza caiu de 35% para 19% do total da população brasileira - estimada em quase 190 milhões de pessoas - entre 1993 e 2006 - uma redução cerca de 45% no percentual de pobres em um prazo de apenas 14 anos. A constatação é da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que divulgará a pesquisa Miséria, Desigualdade e Política de Renda: O Real do Lula nesta quarta-feira.

"Os números de 2006 não só dão seqüência às conquistas observadas desde a piora da pobreza com a recessão de 2003, como também constitui o melhor ano isolado da série histórica da nova Pnad, com queda de 15% da miséria no País o melhor resultado dos últimos dez anos", afirma o coordenador do Centro de Políticas Sociais do Instituto Brasileiro de Economia - órgão da FGV, Marcelo Neri. Segundo ele, os dados mostram um crescimento da renda domiciliar per capita (ou seja, já descontado o crescimento da população) de 9,16% - resultado mais próximo a um crescimento chinês".

As análises da FGV indicam que, do ponto de vista da distribuição de renda, os 50% mais pobres cresceram a sua participação nas riquezas do País em 12%, enquanto os 10% mais ricos em 7,8%, no ano passado.

Feito a partir de microdados da Pesquisa por Amostra de Domicílios de 2006 (Pnad), divulgada na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o levantamento da FGV aponta para a manutenção da redução dos índices de desigualdades e de distribuição de renda no País, iniciada a partir da recuperação da recessão verificada em 2003.

"Isto significa que o bolo continuou a crescer para todos, mas com mais fermento para os mais pobre. Os indicadores sociais baseados na renda são os melhores dos últimos dez anos. Desde o boom do Real que não se via melhora tão acentuada", enfatiza o economista.

Na avaliação do professor da FGV os dados, além de surpreendentes, embutem uma incógnita: "Chama a atenção o fato de que enquanto as contas nacionais apontam crescimento do PIB per capita para o mesmo ano de apenas 2,3%, a estatística equivalente da Pnad indica expansão de 9,16% - três a quatro vezes mais. Os dados da Pnad mostram um crescimento que não tem nada a dever no último ano ao observado na China e que se contrapõem violentamente aos do PIB", diz.

Marcelo Neri enfatiza que até mesmo o índice de Gini que mede o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita que tinha dado uma desacelerada em sua queda em 2005, em relação a 2004, voltou em 2006 a acelerar o seu processo de queda. "Uma acelerada em sua queda não tão espetacular quanto a verificada em 2004. Mas como ela vem acompanhada de forte crescimento da economia, ela gera um resultado mais espetacular na redução da pobreza que em 2004 que foi de 8%; e, em 2005, de 10%. Esta combinação de fatores fez com que agora em 2006 esta redução chegasse aos 15% - e isto comparativamente a anos anteriores já favoráveis sobre este aspecto".

Outro dado importante destacado pelo economista diz respeito à proporção de pessoas situadas abaixo da linha de pobreza. "A proporção de pessoas abaixo da linha de pobreza era de 22,77% em 2005. Já agora em 2006 ela caiu abaixo da barreira dos 20%, ao se situar em 19,31 - uma marca histórica. Em 1993, antes da estabilização da economia ela chegou a estar em 35%. Isto significa que a gente caiu 45% neste espaço de tempo", conclui Neri.

Fonte: Agência Brasil

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terça-feira, 18 de setembro de 2007

Esperança de vida


Pesquisadores brasileiros e de sete países estão conseguindo resultados promissores no estudo de uma vacina para combater o vírus da aids.

Ambiente descontraído para uma conversa séria. Voluntárias do Barong, uma Organização Não-Governamental que trabalha na prevenção contra a aids discutem sexo com universitários. A mensagem que elas levam de mesa em mesa é a da prevenção.

“Estar onde a vida acontece é o nosso lema. Sair do escritório, do Serviço de Saúde e ir para onde está a galera, conversar sobre sexualidade”, diz Marta Mac Britton, coordenadora do Instituto Barong.

A Organização Mundial de Saúde calcula que 40 milhões de pessoas em todo o mundo sejam portadoras do vírus da aids. No Brasil, estima-se que 620 mil pessoas estejam infectadas.

A doença avança, principalmente em países desenvolvidos e em desenvolvimento. A boa notícia é que uma pesquisa para criação de uma vacina contra o HIV apresentou resultados positivos.

Testes feitos em laboratório mostraram que o sistema imunológico de 76% dos voluntários que receberam a vacina reagiu contra fragmentos do vírus.

"Nós andamos bastante. O resultado foi muito satisfatório, porém a gente precisa ainda esperar um tempo razoável de anos pra dizer se a vacina vai ser utilizada de fato na população ou não", explica Esper Kallás, pesquisador da Universidade Federal de São Paulo.

A vacina -que pretende prevenir a infecção pelo HIV está sendo testada em oito países. A primeira fase de teste começou em 2004 com 360 voluntários que não tem o vírus.

Na segunda fase, serão mais três mil pessoas para um dos coordenadores da pesquisa no Brasil, os avanços devem ser comemorados, mas, o médico lembra que a prevenção é a melhor forma de combater a transmissão do HIV.

"Como o uso de preservativos e uso de seringas e agulhas descartáveis quando for fazer qualquer injeção na veia", recomenda Esper.

Saiba como participar dos estudos sobre a vacina contra aids na página do Jornal Hoje na internet www.globo.com/jornalhoje .

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Cursos gratuitos


Há vagas de emprego e o principal requisito é a qualificação.

O que muito desempregado não sabe é que é possível aprender uma profissão sem pagar nada por isso.

Seu Nildo já anda com currículo na pasta.

“Até hoje não tive resposta positiva”, diz Nildo de Moraes, pedreiro.

Nada também para Ventura.

“Como é que eu vou ter uma experiência se ninguém dá uma oportunidade para mim?”, reclama Ventura.

Mas oportunidade existe, sim!. Basta procurar no lugar certo. O Sine, Sistema Nacional de Emprego, sempre tem vaga para curso de qualificação.

Os mais procurados são para profissões antigas, mas cada vez mais carentes de mão-de-obra especializada como torneiro mecânico, soldador, eletricista, açougueiro e padeiro.

“Ficou uma lacuna no mercado de trabalho a partir do momento que os cursos técnicos profissionalizantes de segundo grau se extinguiram”, diz Jane Clemente, diretora da Sine.

As aulas são gratuitas e se o curso for com dinheiro do FAT, Fundo de Amparo do Trabalhador, o interessado ainda ganha vale-transporte e alimentação.

Em outras instituições como o Senai, os alunos descobrem o segredo de profissões como mecânico, confeiteiro, auxiliar de escritório.

“Começar desde a adolescência para ficar bem mais fácil mais tarde. Para fazer a inscrição, basta apresentar carteira de trabalho, identidade e CPF. Os cursos são criados de acordo com a demanda de cada região.

O interessado pode fazer quantos quiser. Quando o número de inscritos é maior que o de vagas, o candidato precisa passar por um processo de seleção que exige conhecimentos básicos.

“É uma prova de português e matemática de nível fundamental”, diz a diretora.

Ssão raros os alunos que não saem com emprego garantido. Nos últimos quatro meses, só uma empresa de serviço de atendimento contratou 400 atendentes que fizeram cursos gratuitos de qualificação.

Os cursos do Senai para jovens de até 24 anos são de graça. Há também outros cursos profissionalizantes, mas são pagos.

Fonte: http://jornalhoje.globo.com/JHoje/0,19125,VJS0-3076-20070917-301832,00.html

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segunda-feira, 17 de setembro de 2007

China proíbe uso de carros por um dia para combater poluição


Bicicletas na China
Trânsito de bicicletas é proibido nas principais avenidas de Xangai
O governo chinês lançou nesta segunda-feira uma campanha nacional pedindo que as pessoas substituam os carros por bicicletas durante uma semana e decretou a proibição do uso de automóveis no último dia da semana, o próximo sábado, dia 22 de setembro.

Moradores de 108 cidades foram convidados a deixar o automóvel na garagem e pedalar, ou utilizar o sistema público de transporte, em nome do meio-ambiente.

O objetivo é reduzir as emissões de gás carbônico e chamar atenção ao problema da poluição urbana, bem como aliviar os congestionamentos.

Esta é a primeira campanha de conscientização 'verde' de alcance nacional.

No próximo sábado, o país terá "um dia sem carros", quando a circulação de automóveis particulares estará proibida entre as 07h00 e 19h00.

Cidades importantes como Xangai, Pequim e Tianjin participam do esforço. A campanha deverá se repetir todos os anos.

"Esperamos cortar 33 milhões de litros de gasolina e três mil toneladas de emissões de gás carbônico" disse Qiu Baoxing, vice-ministro do Ministério da Construção, unidade do governo responsável pela ação.

Em áreas como Xangai e Wuhan, o Partido Comunista emitiu memorandos avisando os membros que a elite política não terá benefícios. Todos carros oficiais estão obrigados a cumprir igualmente a proibição e não circularão no sábado.

Ar mais limpo

Somente em Pequim, de acordo com a imprensa estatal, metade da população utiliza a rede de transporte público, 20% caminha ou vai de bicicleta, enquanto que os restantes 30% circulam em carro próprio.

A frota da capital tem mais de três milhões de veículos e a cada dia aproximadamente mil novas licenças para carros são emitidas pela prefeitura, segundo números do jornal China Daily.

No mês de agosto, automóveis de números pares e ímpares circularam alternadamente durante quatro dias em um esforço na capital chinesa para baixar os níveis de poluição.

Durante o período, a iniciativa diminuiu em 40% o total de carros que habitualmente trafegam pela cidade.

Segundo análises de qualidade do ar feitas com amostras obtidas durante o rodízio, a concentração de poluentes caiu entre 15% e 20%, comprovando que a quantidade de carros em circulação nas ruas tem influência direta sobre a qualidade do ar.

As autoridades pretendem repetir o sistema de rodízio durante os Jogos Olímpicos, para garantir que atletas e turistas respirem umm ar menos poluído durante o evento, em agosto de 2008.

Fonte: BBC Brasil.com

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Crescem doações de medula

Bouzas diz que há 1,2 mil pacientes na lista

Cresceu mais de dez vezes o número de doadores cadastrados de medula óssea nos últimos quatro anos no Brasil. O aumento é atribuído à organização do sistema de registros e às campanhas de conscientização desenvolvidas. Os números são comemorados, mas preocupa a limitada quantidade de leitos para realizar os transplantes no país. O assunto integrou os debates de ontem da 27ª Semana Científica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

O diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea do Instituto Nacional do Câncer, Luiz Fernando Bouzas, disse que o país tem cerca de 1,2 mil pacientes na lista para transplante de medula óssea. Há uma estimativa, porém, de que há três vezes mais pessoas que precisam do procedimento, mas não estão cadastradas. Existem dez centros de transplante a partir de doadores não-aparentados, entre eles o Hospital de Clínicas. O Brasil tem um dos maiores registros de doadores do mundo. Nos últimos anos pas sou de 11% para 50% o índice de identificação de doadores compatíveis dentro do território nacional.

Fonte: (Correio do Povo – 15/09)

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Um dia para sonhar juntos

Fotos do Dia do Sonho 2005

O interesse pelo voluntariado pode surgir de uma brincadeira de um único dia. E depois de brincar durante um dia inteiro, praticamente virando criança, a vontade de tornar-se voluntário pode crescer e se transformar em uma ação permanente. Essa é a proposta da ONG Sonhar Acordado, uma iniciativa de um jovem mexicano de 19 anos que já se espalhou pelo mundo. No próximo dia 11 de junho, a instituição promove o Dia do Sonho, uma festa anual que reúne jovens voluntários e crianças de entidades carentes em um dia inteiro de festa. Théo Casotti, coordenador-geral da Sonhar Acordado no Rio de Janeiro, fala sobre o Dia do Sonho e os outros projetos da ONG.

Portal do Voluntário - Como surgiu o Sonhar Acordado? Qual o principal objetivo do projeto?

Theo Casotti - O Sonhar Acordado nasceu do sonho de um jovem de 19 anos no México, um sonho em fazer uma Festa de Natal e dar um pelo menos um dia belo na vida de algumas crianças de baixa renda no México.
O objetivo do Sonhar Acordado é forma e educar crianças (entre 5 e 12 anos) por meio do trabalho de jovens voluntários, criando e conscientizando os envolvidos da necessidade de trabalharmos juntos para construirmos um mundo melhor para todos.

Portal do Voluntário - No próximo dia 11 de junho será realizado o Dia do Sonho. Fale um pouco sobre este evento.

Theo Casotti - O Dia do Sonho acontecerá no próximo dia 11 de junho, na casa de festas Praticar, na Barra da Tijuca. Neste evento, mais de 1000 crianças de várias comunidades de baixa renda do Rio de Janeiro passarão um dia repleto de atividades e brincadeiras com cerca de 500 jovens voluntários.
O objetivo do Dia do Sonho é ser o primeiro contato entre o voluntário e as crianças, despertando no jovem o interesse em fazer algo mais pelo país.
Para a realização do Dia do Sonho, o Sonhar Acordado conta com o apoio de vários patrocinadores: Repsol YPF, Campos Melo/Fontes/Tarso Ribeiro/,Schindler/Pontes advogados, Cenna Carioca, Colégio Padre Antônio Vieira, Cravo&Canela, Del Bianco Viagem e Turismo, Infront Internet, Mercadão do Rio, Na Medida Pizza/Deli & Salads, No Flagra Produções áudio-visuais, Outback Steakhouse, Rio Ônibus, Papillon Indústria & Comércio de Embalagens e Zamboni Distribuidora.

Portal do Voluntário - Como as crianças são selecionadas para participar do Dia do Sonho? E os voluntários?

Theo Casotti - As crianças precisam estar matriculadas em alguma das entidades cadastradas no Sonhar Acordado e precisam ter entre 5 e 12 anos.
A seleção dos voluntários é feita da seguinte forma: fazemos um convite a voluntários que já participaram de algum projeto esporádico do Sonhar Acordado para que eles se tornem líderes de equipe, ou seja, organizem uma equipe com aproximadamente 15 pessoas. Por isso, para entrar no Sonhar Acordado é preciso ser convidado por um líder de equipe.

Portal do Voluntário - Qual o objetivo principal deste projeto? E quais você acha que são os benefícios, para crianças e voluntários, a longo prazo?

Theo Casotti - O principal objetivo é dar um dia inesquecível para as crianças, sacudir a auto-estima delas, mostrando que nós nos preocupamos com elas.
Um objetivo secundário é fazer com que o voluntário tenha o seu primeiro dia de trabalho voluntário e se apaixone pelo terceiro setor. Dessa forma, esperamos a médio e longo prazo criar uma série de líderes na sociedade, com mais responsabilidade social do que os que temos hoje.
O benefício para a criança a longo prazo, na verdade, é que a instituição dela pode ser “adotada” por uma das equipes do Amigos para Sempre (projeto contínuo do Sonhar Acordado).

Portal do Voluntário - Depois do Dia do Sonho, os voluntários mantêm algum contato com as crianças?

Theo Casotti - Alguns. Se o voluntário, já estiver participando de um projeto contínuo ou se ele for um voluntário que vá começar a participar do projeto contínuo Amigos para Sempre, sim.

Portal do Voluntário - Além do Dia do Sonho, a Sonhar Acordado possui outros projetos, contínuos e esporádicos. Conte como eles funcionam.

Theo Casotti - Temos três projetos, além do Dia do Sonho:

  • Amigos para Sempre: São atividades mensais, onde os jovens, formados pelo Sonhar Acordado realizam atividades com as crianças de baixa renda procurando criar com elas um laço de amizade e se tornar a referência que muitas vezes elas não têm.Tais atividades podem ser uma visita a um museu, um almoço, uma ida ao jogo de futebol. O jovem torna-se responsável por apoiar e transmitir valores à criança, ajudando em sua formação.
  • Sonhando Juntos: Os jovens voluntários realizam atividades em hospitais, procurando oferecer alegria e descontração às crianças internadas. Em contato com a equipe médica, também buscam realizar os sonhos dessas crianças, para que, dessa forma se propiciem um momento único de alegria e ascendam em suas famílias, a, muitas vezes esquecida, esperança.
  • SuperAção: O projeto é constituído por campanhas e atividades periódicas que são realizadas nas comunidades, em instituições ou colégios, com o objetivo de aliar a promoção de valores à necessidade de humanizar o ambiente em que as crianças vivem. Para tal, jovens voluntários, organizados em equipes, planejam e realizam, junto a profissionais especializados, ações pontuais de cunho educacional, institucional, recreativas ou ligadas às áreas de saúde.

Portal do Voluntário - Qualquer pessoa pode participar dos projetos da Sonhar Acordado? Há algum tipo de orientação/capacitação?

Theo Casotti - Qualquer pessoa pode participar dos projetos esporádicos, mas temos um foco entre os jovens de 18-25 anos. Para participar dos projetos contínuos é preciso ter participado dos projetos esporádicos antes.

Em todos os projetos a formação do voluntário é obrigatória, inclusiva para a coordenação.

Portal do Voluntário - O que as pessoas interessadas em participar de um dos projetos devem fazer?

Theo Casotti - Quem nunca participou a sugestão é começar com um projeto esporádico (Dia do Sonho, Festa de Natal ou SuperAção).

Para quem já participou e gostaria de participar de um projeto contínuo, basta visitar o nosso novo site: www.sonharacordado.com.br. Dentro do Rio de Janeiro você terá o contato dos Coordenadores de Integração de cada projeto contínuo.

Portal do Voluntário - Depois de 5 anos de atuação, qual o saldo que fica dessa experiência?

Theo Casotti - O saldo que fica é que sonhar é o primeiro passo para mudar o mundo. Depois de sonhar, fazer várias pessoas sonharem juntos com você (através dos projetos), é preciso realizar, ou seja, estar acordado! Estamos fortalecendo todos os projetos contínuos, institucionalizando o projeto e queremos chegar a um objetivo: a formação integral das crianças e jovens do projeto.

Fonte: http://www.portaldovoluntario.org.br/site/index.php

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ONG inclui pessoas com deficiência no esporte de aventura

Um programa que permite a prática de esportes de aventura por pessoas com deficiência vem sendo desenvolvido há cerca de dois anos, em São Paulo, pela organização não-governamental (ONG) Aventura Especial.

A ONG adaptou equipamentos e criou até mesmo sinais para que as pessoas pudessem compreender os comandos de atividades como rafting (descida de rios com corredeira em um bote inflável), tirolesa (travessia de um ponto a outro preso por uma corda), cavalgada e pára-quedismo.

Para uma pessoa cega que vai fazer o rafting, dá-se um toque no braço direito e ela rema para a frente. Dois toques, e ela rema para trás, explica o idealizador do projeto e presidente da ONG, Dadá Moreira, que tem ataxia, distúrbio que afeta a visão, a fala e os movimentos dos braços e pernas.

Moreira citou ainda o colete salva-vidas feito para quem não consegue movimentar o corpo. Se uma pessoa tetraplégica cair na água, o próprio colete a gira para cima, para que possa aguardar o resgate com segurança, disse ele.

Em parceria com o Ministério do Turismo, a Aventura Especial identificou e está adaptando locais da cidade de Socorro, interior de São Paulo, para a prática de esportes de aventura no ar, na água e na terra, com o objetivo de o município se tornar um modelo para o resto do país. De acordo com o ministério, o convênio foi de R$ 418 mil.

Segundo Moreira, o objetivo agora é adequar também a infra-estrutura da cidade para a recepção de mais praticantes com limitações. A gente criou um novo destino turístico, disse Moreira. Segundo ele, o Brasil é pioneiro na iniciativa de adequar condições para a prática de esporte de aventura para pessoas com deficientes, o que pode atrair mais turistas estrangeiros ao país.

Moreira, que acompanha os Jogos Parapan-Americanos no Rio, afirmou que agora tem um novo desafio: montar uma equipe de remo para tentar incluir a modalidade na próxima competição.



Publicado em 18.08.2007, às 09h20


Fonte: Agência Brasil

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É fácil fazer o bem ao próximo

Atitude Cidadã


Liliane Fell atua na ONG Recife Voluntário

Existem diversas formas de ajudar e ser solidário. Segundo especialistas no assunto, as ações independem da idade, profissão ou escolaridade de cada um, sendo necessário apenas boa vontade e o desejo de querer fazer algo por alguém. "É a partir de pequenas ações que se muda um País. Todo mundo tem algum talento que pode estar oferecendo para a transformação do outro", destaca a coordenadora de Voluntariado nas Comunidades da ONG Recife Voluntário, a advogada especializada em Legislação do Terceiro Setor Liliane Fell. Ela acredita que o voluntariado é o espaço ideal para despertar nas pessoas a consciência cidadã e desenvolver nelas o compromisso com as questões sociais, trazendo melhorias para toda a sociedade. "É preciso sair do mundo individual para estar se engajando em ações coletivas".

O primeiro passo, segundo Liliane, é olhar ao redor. "Muitas vezes a gente não ajuda porque não está vendo alguém que está bem próximo. Então, a partir do momento que você vê, que sente, que encarna a necesidade do próximo as coisas começam a acontecer. Não é necessário ter recursos, ter pessoas do seu lado, mas é necessário que você sinta a dor do outro", completa a pastora da Igreja Anglicana Água Viva Siméa Meldrum, que realiza uma série de ações sociais na comunidade de Jardim Brasil 5, nas proximidades do Lixão de Aguazinha, em Olinda (saiba mais). Liliane dá a dica: "Comece a olhar seu bairro. Se existe uma praça depredada, uma área verde que precisa ser revitalizada, uma pessoa doente, um idoso necessitando de companhia; problemas sociais não faltam. Não espere ninguém chamar ou alguma ONG recrutar voluntários e tome a iniciativa", ensina.

A advogada revela que o número de voluntários tem crescido no mundo e atribui este aumento, em parte, ao movimento contrário promovido pelo caos social da atualidade. "A violência gera indignação e acaba resultando na adesão das pessoas que querem transformar a realidade para o voluntariado". No Recife, o perfil do voluntariado é jovem. "A maioria das pessoas, cerca de 90%, que chega ao Recife Voluntário é universitário. Eles procuram o serviço com a motivação de adquirir conhecimento e experiência." Outra característica são as ações pontuais. "No período das férias ou em datas comemorativas, como o Dia das Crianças, aumenta o número de interessados. Normalmente, eles não querem estar desenvolvendo ações planejadas, com compromisso de horário e continuidade". Mas Liliane não desanima: "É bom porque, a partir de uma experiência solidária, a pessoa desperta para a consciência cidadã e se engaja depois em algum outro momento."

As organizações sociais ainda têm uma visão assistencialista do voluntariado. "Eles esperam ajuda, mas não desenvolvem projetos visando ao voluntariado que dêem resultados concretos para a comunidade. As organizações que implementam programas específicos de voluntariado estão conseguindo evoluir, mas não é a maioria", conta. A advogada acredita que as ações assistenciais são importantes para situações emergenciais, como a fome, por exemplo, porém, passado esse nível, tem que progredir. "A doação simples anula a iniciativa das pessoas de procurar outras alternativas, gera acomodação e mantém o ciclo de miséria. É importante que ela esteja atrelada a programas que gerem emprego e renda", enfatiza. O grande desafio da ONG Recife Voluntário é estimular o voluntariado a manter o compromisso e dar continuidade às ações. "Nosso sonho é que o voluntariado no Brasil vire um hábito e não uma ação isolada, a exemplo do que acontece no Canadá, país de referência no assunto, onde as ações solidárias fazem parte do cotidiano das pessoas."

PARCERIA - O Recife Voluntário é parceiro do canal Cidadania do JC OnLine desde 2002. Há quase 10 anos, realiza ações de sensibilização, capacitação e reconhecimento do trabalho voluntário, promovendo o intercâmbio entre comunidade, empresas, poder público e voluntários, além de realizar oficinas de capacitações. A ONG capacita uma média de 80 voluntários por mês ou 960 por ano. "A oficina tem duração de 4 horas. Somente depois dela é que o voluntário pode ser encaminhado para uma das instituições sociais conveniadas ao Recife Voluntário", explica a diretora presidente, Vasnusa Lack. Nas aulas, os candidatos recebem informações sobre diversos pontos do voluntariado, como histórico, motivação, direitos, responsabilidades, objetivos do milênio, além de formas e locais de atuação. Atualmente, 2.860 pessoas estão desenvolvendo trabalhos voluntários e esse número só tende a crescer.

Os interessados devem procurar a sede da entidade, localizada em Boa Viagem, no Recife, e preencher uma ficha de cadastro. A mesma ficha também está disponível no site do Recife Voluntário (www.portaldovoluntario.org.br) e pode ser enviada por e-mail. Os inscritos serão convidados a participar de oficinas e encaminhados às organizações cadastradas na ONG que atuam na Região Metropolitana do Recife. (J.M.)

Fonte: http://www2.uol.com.br/JC/

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ALL realiza plantio de árvores em Irati


Ação faz parte do plano de investimentos da empresa em Meio Ambiente; R$ 5 milhões serão aplicados neste ano

A América Latina Logística - ALL realizará nessa sexta-feira (14/09) o plantio de 400 mudas de árvores em Irati, no Paraná. A iniciativa faz parte dos investimentos da empresa em Meio Ambiente previstos para esse ano, num total de R$ 5 milhões.

A ação é uma parceria da ALL com o Instituto Ambiental do Paraná - IAP e Prefeitura Municipal de Irati. Participarão do projeto cerca de 80 crianças da Escola Estadual Trajano Grácia e Escola Rural Mojolo. O plantio acontecerá por volta das 13h30, na estrada do Monjolo, dois quilômetros após a passagem de nível, região de Engenheiro Gutierrez.

A ALL também possui um viveiro florestal, em Curitiba, com produção de mudas de espécies nativas, o que promove o plantio de árvores, a recuperação de áreas degradadas e a reutilização da água da chuva.

Entre os principais projetos da companhia para o meio ambiente estão o Trem Ambiental, iniciativa que leva educação e conscientização ambiental para crianças de escolas próximas à malha ferroviária, a aquisição de florestas de eucalipto para suprir o fornecimento de dormentes em madeira reflorestável, a construção e manutenção das estações de tratamento de efluentes (derivados de lavagem de vagões e locomotivas), e a construção de centrais de separação de resíduos.

PREOCUPAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE
A preocupação ambiental começa em cada uma de suas Unidades de Produção, onde o lixo é inteiramente reciclado. O colaborador da ALL vivencia em seu dia-a-dia a separação dos lixos do escritório e faz disso um hábito, inclusive em sua casa. A reciclagem é um dos itens avaliados em auditorias que acontecem durante o ano na empresa. "Agindo com boas práticas, a companhia pretende se enquadrar na legislação ambiental vigente e contribuir para a comunidade local e o meio ambiente", afirma Durval Nascimento Neto, Gerente de Meio Ambiente da ALL.

TREM AMBIENTAL
O Projeto Trem Ambiental começou há dois anos e utilizava, na época, vagões de passageiros alugados. Desde 2006 o projeto tem o seu próprio vagão, todo personalizado com temas ambientais. Em 2007, o vagão ganhou nova pintura, com grafites de temas relacionados à natureza. Toda a pintura, interna e externa, do vagão ficou a cargo de professores e alunos da Fundação Cultural de Curitiba. Somente para o ano de 2007, o vagão recebeu um investimento de cerca de R$ 80 mil. Ao todo, a ALL já investiu mais de R$ 200 mil nesse projeto.

Durante as viagens às crianças, além de terem contato com um meio de transporte que provavelmente nunca tiverem a oportunidade de conhecer, assistem a aulas sobre educação ambiental e recebem informações sobre segurança em ferrovia e em cruzamentos férreos. "Além de participarem de uma ação educativa, as crianças estão mais atentas às questões ambientais e de segurança. Elas assimilam e participam ativamente das atividades", revela a Educadora Ambiental Renata Ramalho, coordenadora do projeto.

O Trem Ambiental visa sensibilizar crianças quanto à preservação do meio ambiente e cidadania e atende às comunidades próximas à malha da ALL no Brasil, que abrange os estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Desde o início de 2007 á foram realizados 37 passeios. No total, cerca de 1660 crianças já foram beneficiadas. A expectativa é de que sejam realizados, no mínimo, mais 25 passeios até o final deste ano. Desde 2005 o Trem Ambiental já recebeu cerca de 2.000 crianças e a estimativa para 2007 são, pelo menos, atender mais 3.000 crianças, em um total de 62 passeios.

ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE EFLUENTES
Os sistemas de tratamento de efluentes da ALL são de dois tipos. Um deles são as ETEs - Estações de Tratamento de Efluentes com tratamento físico, químico e biológico, com estações localizadas em Curitiba, Paratinga, Maringá e Ponta Grossa. Existem também os sistemas de SAO - Separadores de Água e Óleo, que tem como finalidade purificar a água proveniente da lavagem das locomotivas, e que estão localizados nas Oficinas de Locomotivas de Bauru, Araraquara, Três Lagoas, Campo Grande, Corumbá, Santos, Sorocaba, Apucarana, Curitiba, Ponta Grossa, Mafra, Canoas, Santa Maria e Cacequi.

As plantas das ETE´s foram projetadas para reutilizar a água para lavagem de vagões, o que proporciona uma redução de custo de 90% no caso de Desvio Ribas, em Ponta Grossa, e de 70%, em Maringá.

FLORESTAS DE DORMENTES
A ALL comprou três florestas de eucalipto para abastecimento próprio de dormentes. A capacidade total de produção é de 1,5 milhão de dormentes, atendendo 50% de sua necessidade por 3 anos. O consumo anual da ALL é de 700 mil dormentes. Para os anos seguintes, a empresa planeja comprar novas florestas, e desse modo manter ou ampliar participação da produção própria no consumo de dormentes. As florestas atuais estão localizadas em Alegrete, Cacequi e São Gabriel, no Rio Grande do Sul,com um total de 590 hectares.

"Pelo fato de o eucalipto ser uma árvore exótica de reflorestamento, o dormente produzido com este tipo de madeira, além de ter um custo menor, substitui os dormentes feitos a partir de árvores nativas centenárias. Assim, a ALL contribui para a preservação do meio ambiente ao mesmo tempo em que se protege de possíveis altas nos preços do mercado", afirmam Adir Benato e Miguel Catarentuzk, responsáveis pelo projeto das florestas de dormentes na ALL.


PRONTO ATENDIMENTO AMBIENTAL EM CASO DE INCIDENTES
Uma das principais ações da empresa, para evitar danos causados por eventuais acidentes com derramamento de produtos químicos, foi a elaboração de um Plano de Atendimento Emergencial, aprovado pelos principais órgãos ambientais. Para atendimento a acidentes, a ALL possui nove bases de apoio em pontos estratégicos de sua malha. Essas bases operam em tempo integral e dispõem de todo o material necessário para a contenção de produtos químicos. A empresa conta ainda com assistência 24 horas em todo o Brasil, prestada por duas empresas especializadas em acidentes com cargas perigosas.

Para garantir eficácia e agilidade no atendimento de acidentes com possíveis danos ao meio ambiente, a ALL possui uma brigada ambiental que faz simulados de emergências, com participação dos órgãos ambientais.
Técnicos de segurança e supervisores de cada Unidade de Produção formam grupos de pessoas responsáveis pelos cuidados ao meio ambiente. Todos os colaboradores que assumem essa posição passam por constantes treinamentos, onde conhecem as medidas de proteção ao meio ambiente. Em todos os estados onde atua, a empresa firma parceria com entidades governamentais e está de acordo com todas as exigências dos órgãos públicos ligados ao meio ambiente.

Com essas preocupações, a ALL foi a primeira ferrovia a receber a licença ambiental do IBAMA nos estados do Paraná e Santa Catarina. Além disso, já estão em processo de certificação as licenças nos demais estados onde a companhia atua.

Fonte: http://www.maxpressnet.com.br/noticia.asp?TIPO=CE&SQINF=284062


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Comediante mobiliza 300 mil por 'parlamento limpo' na Itália


Beppe Grillo
Beppe Grillo atraiu adeptos pela internet
Um abaixo-assinado lançado na Itália por um comediante, pedindo a expulsão de políticos condenados à Justiça do Parlamento, virou um fenômeno de mobilização popular no país e pode resultar em uma nova lei.

Beppe Grillo, conhecido comediante e blogueiro especializado em sátiras políticas, recolheu 300 mil assinaturas em todo país para o seu projeto de lei popular, que defende um "parlamento limpo".

O projeto prevê três pontos: impedir que políticos condenados na Justiça permaneçam no Parlamento, limitar a dois o número máximo de mandatos para cada deputado e senador e mudar a lei eleitoral, para permitir que as pessoas possam votem em nomes, e não em partidos (atualmente os candidatos são escolhidos pelos partidos e o eleitor vota no partido).

A Constitução italiana permite que qualquer cidadão submeta projetos de lei ao Parlamento, desde que estes sejam endossados por um mínimo de 50 mil assinaturas.

Impacto

Mas até agora, nenhum projeto de lei popular teve o impacto do abaixo-assinado de Grillo, na avaliação do senador José Luis Del Royo, do Partido de Refundação Comunista, em entrevista à BBC Brasil.

“Trezentas mil assinaturas representam uma grande capacidade de mobilização e são um fato político, trata-se de uma iniciativa sem precedentes”, comentou o senador.

A próxima etapa agora é submeter o projeto à apreciação do Parlamento. Deputados e senadores decidirão se ele poderá ou não virar lei.

O senador Del Royo concorda em parte com a proposta de Grillo, e acredita que alguns pontos devem ser mudados.

“Eu vou votar a favor dos dois últimos itens, mas quanto à exclusão dos condenados na Justiça, acho que precisa ser mais claro. Em casos que envolvem corrupção e Máfia acho justo, mas há também os que são condenados por participação em movimentos sociais, como ocupaçao ilegal de casas populares. E nesse caso eu não concordo”, avaliou o senador.

O ministro para Infraestrutura e ex-magistrado Antonio Di Pietro, um dos símbolos da luta à corrupçao na Itália, também aderiu ao movimento e à proposta de lei popular.

“Eu já apresentei diversas vezes um projeto de lei parecido mas até agora não teve sucesso. Então achei melhor me juntar a esta multidão de pessoas porque a união faz a força”, disse Di Pietro.

Mobilização pela internet

A campanha de Beppe Grillo por um “parlamento limpo” nasceu e ganhou adesões na internet, por meio do blog do humorista, que tornou-se um dos sites mais visitados e polêmicos da Italia.

Na avaliação da parlamentar Rosy Bindi, Beppe Grillo soube representar muito bem a visão atual dos italianos, que criticam cada vez mais os privilégios dos políticos.

“As pessoas sempre perguntam por que não conseguem chegar até o fim do mês com o próprio salário, enquanto os políticos continuam enriquecendo. Ou cortamos gastos e privilégios ou a democracia corre perigo”, avaliou a parlamentar.

Mas o senador José Luis Del Royo acredita que Grillo é contra todos os partidos e parece ter a intenção "de passar da sátira para a política de forma antipolítica e isto é perigoso”.

O comediante garantiu que não tem a menor intenção de entrar para a política, pelo menos na forma tradicional. “Os partidos políticos são um câncer para a democracia”, definiu Beppe Grillo.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/09/070914_comedianteitalia_fp.shtml


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Sistema transforma fala na linguagem dos sinais


Personagem digital faz a linguagem dos sinais
Tradução é feita por personagem digital
Estudantes da Grã-Bretanha desenvolveram uma tecnologia que traduz palavras escritas ou faladas para a linguagem dos sinais, utilizada por deficientes auditivos.

O sistema reconhece a fala ou a escrita, e imediatamente as "traduz" com um personagem digital animado.

Isso permite que os deficientes recebam a interpretação por sinais simultaneamente durante reuniões e palestras, por exemplo.

A IBM, que encontrou os estudantes através de um programa anual de incentivos, disse que a tecnologia também pode oferecer a interpretação simultânea na televisão, no rádio e nas chamadas telefônicas.

'Mais justiça'

O conceito, batizado de SiSi (Say It Sign It, ou "Diga e Sinalize", em tradução livre) já ganhou a aprovação do Instituto Real Nacional para Surdos da Grã-Bretanha.

"Apreciamos qualquer recurso que possa tornar a sociedade da informação um espaço mais justo para os surdos e para aqueles com dificuldade de audição", disse o diretor de novas tecnologias do Instituto, Guido Gybels.

"Os usuários da linguagem dos sinais estão entre os cidadãos mais desfavorecidos, porque os produtos e serviços são idealizados levando essas pessoas em consideração", afirmou.

Mas Gybels reconhece que ainda pode faltar muito tempo para que os protótipos desenvolvidos pela IBM comecem a ser usados no dia-a-dia.

Por enquanto, o SiSi envolve apenas a tradução para a linguagem dos sinais britânica.

Mas segundo Tom Klapiscak, um dos estudantes envolvidos, a conversão do sistema para outras línguas será fácil.

"Nós projetamos a arquitetura do SiSi para aceitar facilmente a introdução de novos módulos de tradução", afirmou.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/09/070915_traducaosinaisml.shtml

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Banco Mundial vê Bolsa Família como modelo

Divulgação

Bolsa Família: cerca de 46 milhões de brasileiros atendidos



Daniel Bramatti

O programa Bolsa Família, que chega a quase 46 milhões de brasileiros, está longe de ser uma unanimidade. Entre as críticas que recebe, uma das mais freqüentes é a de que gera dependência e desestimula a busca por emprego. Até a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) já afirmou que o programa "vicia" e que deixa os beneficiários "acomodados".

Não é o que pensa o Banco Mundial, um dos financiadores do projeto e patrocinador de sua expansão por vários países. Diversas pesquisas indicam que o benefício não desestimula o trabalho e a ascensão social. Pelo contrário, afirma Bénédicte de la Brière, responsável pelo acompanhamento do programa na instituição.

"O trabalho adulto não é impactado pela transferência de renda. Inclusive, às vezes, alguns adultos trabalham mais porque têm essa garantia de renda básica que permite assumir um pouco mais de riscos em suas ocupações."

Em entrevista exclusiva a Terra Magazine, Bénédicte de la Brière fala sobre erros e acertos do Bolsa Família, do combate a desvios de recursos e da expansão internacional do programa, da África a Nova York.


Bénédicte de la Briere - Há alguns dias o Banco Mundial se referiu ao Bolsa Família como "uma revolução silenciosa". O programa é considerado modelo?
Terra Magazine -
O Bolsa Família é herdeiro de uma longa tradição de programas de renda condicionada no Brasil, que começou com programas municipais e que foram expandidos no começo dos anos 2000, com o Bolsa Escola e o Bolsa Alimentação. Nesses anos de aperfeiçoamento, o Brasil acumulou uma grande experiência de gestão. Definitivamente, o programa está se tornando uma referência na América Latina e em outras regiões.


Ouve-se falar muito de desvios no Bolsa-Família, de pequenas cidades onde as pessoas beneficiadas são ligadas a políticos ou participam de esquemas de compra de votos. Até que ponto o programa chega a quem efetivamente precisa dele e de que forma essa eficácia é aferida?
É verdade que há registros freqüentes de desvios na mídia. Mas, quando você analisa os dados de pesquisas domiciliares, como a PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, você se dá conta de que o Bolsa-Família é o programa mais bem focalizados na região. Do total de recursos, 80% chegam aos 40% mais pobres, o que está na média dos programas mais eficazes, e o programa tem uma cobertura universal no nível de municípios.

Essa é a melhor maneira de verificar, as pesquisas são de alta qualidade, independentes, do IBGE, que tem cobertura nacional. Existe uma grande diferença entre a percepção de desvios, que é muito importante, e a ocorrência de desvios, que está no nível do que se espera para os programas mais eficazes.

Quero ressaltar que esses erros acontecem em todos os programas. E existe um balanço muito delicado para um gestor, entre tratar de controlar esses erros muito frontalmente, o que é muito caro, e entregar mais recursos para pessoas necessitadas, talvez com um maior grau de erro.

E como controlar os desvios?
O governo brasileiro tem tomado várias atitudes para reduzir esses desvios. Quando o programa começou, ele herdou o cadastro único que havia sido desenvolvido para o Bolsa Escola e o Bolsa Alimentação. Juntou os cadastros dos diferentes programas e, em 2006, fez um recadastramento geral de toda a população beneficiária, o que gerou uma grande limpeza da base de dados. Também a cada mês a base do cadastro único está sendo batida com a da RAIS, que tem informações dos trabalhadores do setor formal, além de bases de óbitos e outras. Uma série de checagens da qualidade da informação.

Por outro lado, o governo está aprimorando todo um sistema de controle, desde estruturas de controle social no nível dos municípios até as instâncias de controle federal, como as auditorias da CGU Controladoria Geral da União. Outra fonte de controle na qual o Brasil está bastante forte é o funcionamento do número de telefone 0800-707-2003 no qual as pessoas podem denunciar irregularidades. O processo de acompanhamento dessas queixas tem melhorado bastante. É um processo de aprendizagem contínua, porque você consegue controlar certo tipo de erro ou de fraude e vão aparecendo outros. Mas a gestão do programa está muito atualizada nas técnicas que utiliza para poder resolver essas questões.

Os críticos do Bolsa Família dizem que o programa cria uma geração de pessoas dependentes da ajuda do Estado. Já os entusiastas afirmam que, graças à essa ajuda do Estado, essas pessoas - ou seus filhos - conseguirão alcançar uma inserção no mercado de trabalho e se livrar da miséria. Quem tem razão neste debate?
Outra vez, é uma questão de percepção contra evidências. Você sempre vai encontrar alguém que diga "eu tenho Bolsa Família, não vou trabalhar mais", mas isso não é um fenômeno corroborado pelas estatísticas.

Todos os programas de transferência condicionada de renda recebem essa crítica de assistencialismo e geração de dependência. Nos programas que têm feito avaliações rigorosas, inclusive o Bolsa Família, esse efeito nunca é comprovado. A única diminuição de oferta de trabalho que acontece é a de trabalho infantil.

O trabalho adulto não é impactado pela transferência de renda. Inclusive, às vezes, alguns adultos trabalham mais porque têm essa garantia de renda básica que permite assumir um pouco mais de riscos em suas ocupações. Avaliações de impacto feitas em 2005 não mostraram diferenças de comportamento dos adultos em relação a ofertas de trabalho entre os que participavam e os que não participavam do Bolsa Família.

É uma inquietude motivada, em parte, pela novidade de entregar dinheiro às famílias pobres. Mas nunca se provou, nas avaliações rigorosas que foram feitas no México, na Colômbia, na Nicarágua, no Equador... No México temos avaliações de longo prazo, porque o programa já tem dez anos de existência. O que se mostrou é que as famílias, quando têm certeza do benefício, economizam e investem até 25% em microempreendimentos, em criação de aves, em máquinas de costura etc.


Os beneficiários do programa têm de atender a determinadas condições, como colocar os filhos na escola, frequentar postos de saúde etc. A fiscalização do atendimento dessas condições é eficaz?
Um pouco como a fiscalização da focalização, ela sofreu um processo de aprimoramento muito forte. É preciso lembrar que o Bolsa Família resultou da fusão de quatro programas, e um dos grandes desafios foi harmonizar os sistemas de informação. O monitoramento das condicionalidades de educação está bastante alto. Há mais desafios para monitorar as condicionalidades de saúde, mas é muito mais complicado. Quero enfatizar que o programa aprende fazendo, que tem inovado muitíssimo desde 2003, aprimorando não só os sistemas de informações mas também a consciência dos gestores sociais e dos beneficiários.


Quantos programas são abertamente inspirados no Bolsa Família?
Em 1997, quando a idéia dos programas de transferência de renda começou a ganhar força, havia três países no mundo com essa experiência: Bangladesh, México e Brasil. Agora quase todos os países da América Latina têm um programa desses. Há muito interesse de países africanos, incluindo África do Sul, Quênia e Etiópia. Há programas na Turquia, no Camboja, no Paquistão, em vários países do sul da Ásia. E Nova York está começando um que se inspira explicitamente no programa brasileiro e no programa mexicano. Egito, Indonésia, África do Sul, Gana e outros países africanos mandaram representantes ao Brasil para conhecer o programa.


Em dez ou 15 anos teremos menos brasileiros atendidos pelo programa?
Isso depende muito de fatores que não têm nada a ver com o programa, como o crescimento econômico mundial, a situação macroeconômica.

Esses programas visam a resolver a pobreza de hoje e quebrar o círculo vicioso da pobreza através do investimento no capital humano das crianças, através da educação, da saúde. Na medida em que esses programas amadurecem, eles tomam outros desafios, entre eles a inserção econômica dos beneficiários. O termo porta de saída não é muito feliz, o mais correto é fomentar a entrada dessas pessoas para a cidadania.

Um dos ativos que as pessoas pobres têm é a sua mão de obra. Por isso há uma ênfase grande nessa segunda geração de programas em potencializar esse ativos das pessoas. Ou seja, fomentar a educação dos jovens, para que passem do nível básico, fomentar o capital humano dos adultos, através da alfabetização e da formação profissional e técnica. Uma vez consolidada a arquitetura básica dos programas eles podem buscar acelerar a inserção dessas famílias no ciclo econômica da sociedade.

Fonte: http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI1906421-EI6578,00.html

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sábado, 15 de setembro de 2007

Um engraxate indiscreto em Wall Street

A incrível história de um brasileiro que inspirou um best seller e vai virar filme em Hollywood

Por Milton Gamez

Parece história de cinema. E é. O carioca Murilo dos Santos tinha tudo para ser mais um dos moleques de Cidade de Deus, o antológico filme de Fernando Meirelles. Até os 13 anos, viveu ao lado de uma favela em Bonsucesso. Chegou a freqüentar os bailes funk da Cidade Alta, onde foram filmadas as aventuras e desventuras de Buscapé e Zé Pequeno. Como nas telas, Murilo e seus amigos tinham dois estilos de vida para escolher: o subemprego ou o crime. Quis o destino que ele fosse morar em Nova York. Seguiu os passos do pai e foi engraxar sapatos em Wall Street. Lustrando Guccis e Ferragamos caríssimos, Murilo ganhou dinheiro e sobreviveu – um luxo que vários colegas favelados não conquistaram. “Muitos morreram. Pelo menos oito”, afirmou à DINHEIRO. Hoje, aos 28 anos de idade, o engraxate brasileiro tem tanta história para contar que vai virar filme. Em Hollywwod.

BRILHO: lustrando sapatos em Nova York, Murilo virou observador privilegiado dos banqueiros

A saga de Murilo inspirou o livro Confessions of a Wall Street Shoeshine Boy (Confissões de um Engraxate de Wall Street, em tradução livre). Lançado em julho passado pela HarperCollins, o romance do jornalista americano Doug Stumpf está na quarta edição, vendeu 30 mil exemplares nos Estados Unidos e foi lançado na Rússia, na Coréia do Sul, na China e em Taiwan. Misto de comédia de costumes e thriller, o livro foi baseado nos casos contados por Murilo ao cliente Stumpf. É um prato cheio para o cinema nesses tempos de crise financeira global, causada pelos excessos dos financistas americanos no mercado de hipotecas de alto risco. Tanto que a Warner Bros. comprou os direitos da obra e já começou os trabalhos. Os produtores são Donald De Line, de Uma Saída de Mestre, e Paula Weinstein, de Mar em Fúria. O roteiro está sendo escrito por Charles Leavitt, de Diamantes de Sangue. Nada mal para um flamenguista roxo, fã de Che Guevara, que tinha tudo para virar estatística em Nova York, onde centenas de brasileiros exercem a mesma profissão.

Bom de papo, Murilo é o engraxate certo no lugar certo – os bancos de investimento de Wall Street. Onde há dinheiro, sobram histórias sórdidas que geram milhões de dólares nas bilheterias. Durante anos, ele soube ouvi-las e contá- las a Stumpf, que não por acaso é editor da revista Vanity Fair. O jornalista aproveitou a chance, fez suas próprias pesquisas e criou personagens e situações baseados na percepção privilegiada de Murilo nas grandes casas de investimento de Manhattan – de baixo para cima. “Murilo é um grande contador de histórias”, afirma. O livro, ainda sem editora no Brasil, tem tudo o que um best seller do gênero precisa para fazer sucesso: dinheiro, cobiça, cocaína, prostitutas russas, supermodels e, claro, crimes do colarinho branco. “É um livro bem real. Muitos clientes se reconhecem nos personagens e me perguntam se são eles”, diz Murilo, sem dar nome aos bois. O único a ser revelado é ele mesmo, representado na trama pelo engraxate Gil Aguilar Benício, que ganha a vida no trading floor do banco Medved, Morningstar and Bigelow.

O AUTOR: editor da Vanity Fair, Stumpf usou no livro os casos contados por Murilo

O papel de bad guy em Wall Street costuma atrair grandes atores. Em 1987, ano do segundo maior crash da Bolsa de Nova York, Michael Douglas interpretou o financista vilão Gordon Gekko, no filme Wall Street – Poder e Cobiça. Levou o Oscar de melhor ator. Na obra-prima do escritor Tom Wolfe A Fogueira das Vaidades, Tom Hanks viveu o banqueiro Sherman McCoy. Em A Fraude, Ewan McGregor incorporou Nick Leeson, o operador que quebrou o Barings Bank. Uma das estrelas do primeiro time poderá incorporar Jeff Steed. E quem será que vai viver o engraxate brasileiro? Rodrigo Santoro?

Enquanto isso, o verdadeiro shoe shine boy continua lustrando sapatos dos Senhores do Universo, em Manhattan. Solteiro, mora no Queens com a irmã Priscila, cabeleireira. O dinheiro que ganhou com o livro é mais do que poderia imaginar. “É muito bom, nunca sonhei que iria passar por isso”, diz. “Mas não fiquei milionário e minha vida não mudou.” Murilo trabalha menos horas do que antes e, depois do livro, as gorjetas aumentaram. Ele pretende usar seus novos rendimentos – receberá também pelo filme – para voltar a estudar. “Quero fazer faculdade de hotelaria”, sonha, sem se deixar levar pela fama repentina. Ele desconversa sobre suas aplicações financeiras. Uma coisa é certa: bolsa, nem pensar. “Não invisto em ações, nem recomendo.” E por que não? “A bolsa parece uma montanha russa.”

Fonte: http://www.terra.com.br/istoedinheiro/edicoes/521/artigo61427-1.htm

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