terça-feira, 30 de outubro de 2007

Fifa confirma Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014

O presidente Lula, com a Taça Fifa, durante a cerimônia na Suíça
Anúncio oficial contou com a presença do presidente Lula
A Fifa confirmou a escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014. A decisão foi anunciada nesta terça-feira pelo presidente da entidade, Joseph Blatter, após uma reunião do Comitê Executivo da Fifa.

"O comitê executivo decidiu de forma unânime dar a responsabilidade, não apenas o direito, mas a responsabilidade, de organizar a Copa do Mundo da Fifa de 2014 ao país Brasil", disse Blatter.

O anúncio, feito na sede da Fifa em Zurique, foi acompanhado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e 12 governadores – entre eles José Serra, de São Paulo, e Aécio Neves, de Minas Gerais, dois possíveis candidatos à gestão presidencial que presenciará a realização do torneio em 2014.

Centenas de jornalistas, representantes do governo e convidados da CBF lotaram o auditório da Fifa, no que, segundo porta-vozes da entidade, foi o evento mais concorrido e animado já realizado no local.

A confirmação do Brasil era esperada. O relatório dos inspetores da Fifa, que estiveram no Brasil no final de agosto, concluiu que o país estava apto a realizar a Copa, apesar de apontar precariedades em todos os estádios cotados para o torneio e no sistema de transportes públicos.

Desistência

Blatter disse na segunda-feira que não via como os membros do Comitê Executivo pudessem negar ao Brasil o direito de sediar a Copa, tendo em vista o cumprimento das condições necessárias.

A decisão de levar 2014 ao Brasil, entretanto, foi questionada por órgãos da mídia internacional.

O jornal Financial Times disse que a Fifa estava correndo o "risco de levar a Copa ao caos" ao permitir a realização do torneio em um país marcado por sérios problemas no transporte aéreo e corrupção, principalmente no setor de obras públicas.

A agência Reuters afirmou em reportagem que "o crime é um grande motivo para grande preocupação, mas que o transporte vai ser a grande dor de cabeça".

As reformas dos estádios, que, entre outras coisas, precisarão renovar e ampliar os setores dedicados à mídia e aos VIPs, são avaliadas, inicialmente, em R$ 2 bilhões pela CBF.

As melhorias na infra-estrutura dependerão do setor público. O governo já adiantou que projetos previstos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) poderão ser adiantados para ajudar na preparação ao torneio.

Todos os trabalhos referentes aos estádios e organização da Copa serão supervisionados pelo Comitê Organizador da Fifa, que quer "que os padrões e demandas da Copa do Mundo superem os de qualquer evento já realizado na história do Brasil".

Isso significa que a Fifa estará controlando e cobrando o cumprimento de um cronograma específico para a conclusão de obras e outros projetos.

A Fifa tem o direito de, no caso de não estar satisfeita com o andamento do processo, desistir de realizar a Copa no Brasil.

CPIs

Neste sentido, um dos problemas apresentados pela CBF como possível obstáculo ao bom andamento dos preparativos da Copa seria a instauração de CPIs no Congresso para investigar supostas irregularidades no futebol, como as levantadas no caso MSI-Corinthians.

O próprio governo e os governos estaduais que pleiteiam sedes para a Copa, segundo informações veiculadas pela imprensa nacional, já demonstraram que estariam dispostos a mobilizar suas bases para barrar as CPIs.
Ao todo, 18 cidades concorrem para receber os jogos. A Fifa deverá decidir no ano que vem entre oito a dez delas.

Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília são tidas como as favoritas.

A Fifa anunciou também nesta terça-feira que a Copa do Mundo de futebol feminino será disputada na Alemanha em 2011.


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